quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Morrer...


a separação amorosa significa a presença da morte em vida.

(I. Caruso. A separação dos amantes: uma fenomenologia da morte. SP: Cortez, 1981)

Tem dias...


Tem dias que eu me sinto assim...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Velha infância



Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa

De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa

De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Autoconceito


Estou estudando bastante sobre o autoconceito. O meu não é muito bom, não. Tem gente que diz que ele é distorcido. Eu queria acreditar nisso realmente.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O caminho

O Caminho, de Suzart

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Se não houvesse a distância

seria enlouquecedor...
como nos dias em que tudo acontece ao mesmo tempo!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

TPM

Horário de verão


Eu adoro o horário de verão... mas estou sentindo muita falta da hora roubada entre o último sábado e domingo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dia do Professor


Irritação e ensinamento

"É difícil ensinar aqueles com quem estamos irritados", disse o Sr. Keuner. "Mas é muito necessário, pois são os que mais necessitam".

Bertold Brecht, Histórias do Sr. Keuner, Editora 34, 2006.

domingo, 14 de outubro de 2007

Banhos de chuva



Banhos de chuva lavam a alma?

Banhos de chuva purificam o espírito?

Banhos de chuva acabam com as dúvidas?

Banhos de chuva devolvem a alegria?

Banhos de chuva...


Acho que vou tomar um banho de chuva.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Dia das Crianças



Eu tenho um espírito infantil: preciso dormir um monte, sair para passear, brincar, ler uma boa história, comer um monte de baboseira, acreditar em papai noel e que tudo vai ficar bem...

Por que crescer é inevitável?

Dicas de crianças

RecadosAnimados.com
RecadosAnimados.com

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O pequeno príncipe



"As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas,
e é cansativo, para as crianças,
estar toda a hora explicando".


Antonie de Saint-Exupéry

O Sr. Keuner e o desenho de sua sobrinha


O Sr. Keuner observou o desenho da sua sobrinha pequena. Representava uma galinha, voando sobre um pátio. "Por que a sua galinha tem três pernas?", perguntou por ele. "As galinhas não voam", respondeu a pequena artista, "por isso precisei de mais uma perna para dar o impulso".

"Estou contente por ter perguntado", disse o Sr. Keuner.

Bertolt Brecht, Histórias do Sr. Keuner, Editora 34, 2006.

sábado, 6 de outubro de 2007

Sobre psicoterapia

"quatro dados são particularmente relevantes para a psicoterapia:
- a inevitabilidade da morte para cada um de nós e para aqueles que amamos,
- a liberdade de viver como desejamos,
- nossa condição fundamental de solidão, e
- finalmente, a ausência de qualquer significado ou sentido óbvio para a vida".

Yalom, Irvim D. O carrasco do amor e outras histórias sobre psicoterapia. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Sobre medo ainda

Sobre os medos humanos

MIEDO
(com Julieta Venegas)

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo do miedo que da

Tienen miedo de subir e miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir e miedo de aguantar
Miedo que da miedo do miedo que da

El miedo es una sombre que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Têm medo de gente e de solidão
Têm medo da vida e medo de morrer
Têm medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Têm medo de ascender e medo de apagar
Têm medo se espera e medo de partir
Têm medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se perta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrar-se y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Têm medo de parar e medo de avançar
Têm medo de amarrar e medo de quebrar
Têm medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que apagou a vida
O medo é uma bracha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrêgo, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara
Ou escondido no porão
Medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
Medo é de Deus ou do Demo?
É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir

Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Mm, medo que dá medo do medo que dá

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Estudar


Estudar
é brincar
é transformar
é experimentar
é descobrir
é questionar
é inventar
é avançar
apesar do que não se sabe

Conversa entre irmãos


Meu irmão caçula sempre que me encontra e me percebe triste me pede:


- Dianne, me conta uma coisa boa!


Ele sempre pede e eu sempre me surpreendo, ele sempre espera e eu sempre me calo.


Desculpa, Giuliano.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Sobre a tristeza


Tem dias que a tristeza é inevitável...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Sobre interação social

"Foi Hinde quem operacionalizou, de forma mais clara, as concepções de interação e relação social. Para esse autor, a interação social inclui, no mínimo, o comportamento X emitido pelo indivíduo A em direção ao indivíduo B e a resposta Y de B para A. A relação social, que inclui as interações estabelecidas durante um longo período de tempo, possui características próprias que são distintas das interações, tais como intimidade e compromisso" (Aspesi e cols, A Ciência do Desenvolvimento, p. 25, 2005).



O que você acha? isso basta para explicar o que há entre "eu-tu", "eu-ele", "tu-ele", "eu-tu-ele"?


Sobre conviver


A arte de viver é simplesmente a arte de conviver

...

simplesmente, disse eu?

Mas como é difícil!


Mário Quintana


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Celebração da voz humana

"Tinham as mãos amarradas, ou algemadas, e ainda assim os dedos dançavam, voavam, desenhavam palavras.

Os presos estavam encapuzados; mas inclinando-se conseguiam ver alguma coisa, alguma coisinha, por baixo. E embora fosse proibido falar, eles conversavam com as mãos.

Pinio Ungerfeld me ensinou o alfabeto dos dedos, que aprendeu na prisão sem professor:
- Alguns tinham caligrafia ruim - me disse -. Outros tinham letra de artista.

A ditadura uruguaia queria que cada um fosse apenas um, que cada um fosse ninguém: nas cadeias e quartéis, e no país inteiro, a comunicação era delito.

Alguns presos passaram mais de dez anos enterrados em calabouços solitários do tamanho de um ataúde, sem escutar outras vozes além do ruído das grades ou dos passos das botas pelos corredores.

Fernández Huidobro e Mauricio Rosencof, condenados a essa solidão, salvaram-se porque conseguiram conversar, com batidinhas na parede. Assim contavam sonhos e lembranças, amores e desamores; discutiam, se abraçavam, brigavam; compartilhavam certezas e belezas e também dúvidas e culpas e perguntas que não têm resposta.

Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada".


Eduardo Galeano, O livro dos abraços, L&PM, 1997.