O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.
Desconfiado, o sapo respondeu: “Ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veneno e vou morrer”.
Mesmo assim o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo ambos morreriam. Com promessas que poderia ficar tranqüilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.
Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firme.
Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porquê de tamanha crueldade. O escorpião respondeu friamente:
- Porque essa é a minha natureza!
Fábula apresentada por Ana Beatriz Barbosa Silva, em Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado, publicado pela Objetiva em 2008.
2 comentários:
queria eu ser escorpião, por um dia que fosse.
Eu não quero ser o escorpião, não! Eu quero apenas ter o bom senso de seguir a "intuição" quando ela aparecer ou ser um sapo forte, com saúde, fé e respeito, para me recuperar dos venenos, doídos, mas não letais de insetos,
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