quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O sapo e o escorpião

O escorpião aproximou-se do sapo que estava à beira do rio. Como não sabia nadar, pediu uma carona para chegar à outra margem.

Desconfiado, o sapo respondeu: “Ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu veneno e vou morrer”.

Mesmo assim o escorpião insistiu, com o argumento lógico de que se picasse o sapo ambos morreriam. Com promessas que poderia ficar tranqüilo, o sapo cedeu, acomodou o escorpião em suas costas e começou a nadar.

Ao fim da travessia, o escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo e saltou ileso em terra firme.

Atingido pelo veneno e já começando a afundar, o sapo desesperado quis saber o porquê de tamanha crueldade. O escorpião respondeu friamente:

- Porque essa é a minha natureza!

Fábula apresentada por Ana Beatriz Barbosa Silva, em Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado, publicado pela Objetiva em 2008.

2 comentários:

T disse...

queria eu ser escorpião, por um dia que fosse.

Dianne Françoise disse...

Eu não quero ser o escorpião, não! Eu quero apenas ter o bom senso de seguir a "intuição" quando ela aparecer ou ser um sapo forte, com saúde, fé e respeito, para me recuperar dos venenos, doídos, mas não letais de insetos,